domingo, 29 de maio de 2011

O caderno preto [6-34]

Jejum

Sorvo-me
E silvo-me
Num eterno pulsar
Do meu ego

“Mas há como quebrar
Sorva algo mais
Quebre tal pulsar
Abandone os ais”

Não o compreendem
O desejo
De não desejar
E o poder

“O que vai ganhar?
É para aparecer?
Se autoflagelar
Não é algum poder!”

O intenso pulso
Eventualmente calo
Mas o poder jaz em que
Podia não tê-lo feito

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