Napalm
Não é água nessa chuva
Desespero e alarde
Faz do inferno paraíso
Arde...
Coro de gritos
Alguns de insano pavor
Outros, ígneos, filhos bastardos do fogo
Derretem em prantos píricos de dor
Fero mar de estridência
O limite da garganta impera
A dor dá cria à aberração carbônica
Estuprada pela flamejante fera
Não há ódio, não há revanchismo
Cegos, loucos, adérmicos
Estribucham, imploram à morte
Que acabe com os tormentos térmicos
O sofrer
Faz a guerra total
Parecer
Distante e sem sal
A bênção do fim
De algo tão indizível
Lembra que a pior das chamas
É a chama invisível
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