domingo, 29 de maio de 2011

O caderno preto [2-34]

Olho


Pax
Vazio total
Som? Sonho
...
...
...
O ar petrificado
Perfeito logo parado
Monolítica tela do divino pincel
Túnel sagrado subindo ao céu
Silo cinzento só não é sombrio
Pois do olho aberto vaza um fino fio
De alvíssima luz que preenche o vazio
Vácuo perfeito suga toda a dor
Angústia frescura vergonha e pudor
Um anjo cinzento havia me tornado
Vazio de tudo o que possa ser pesado

Olho-me tornado
No olho do tornado

Nenhum comentário:

Postar um comentário