terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma fábula Omniversal, galáctica, descrevendo tudo e Nada




Musica de acompanhamento:

O povo acima

O povo de Ayak
Um mundo superior
Conhecëe o Omniverso
Além do Universo
E transitäa pela dimensão dos conceitos como pelo espaço e tempo

Não häa passado
Presente
Ou futuro
Por isso, grafäa um tempo genérico
Referente apenas à existência do ato

Como todos dos mundos superiores
Os Ayaky não tenhäa forma definida
Nem tempo de vida
Nem sëe Ayaky, se se afastäa de sua própria definição

Mas nem sempre foi assim
Ayak já foi um mundo médio
Como o humano
Apenas um ponto no tempo e no conceito
E incapazes de abarcar o Plano Existencial

No tempo, sete bilhões de anos atrás
Existiam ha oitocentos milhões
E com total controle das ciências naturais
Varriam as galáxias próximas com naves
Em busca de respostas aos grandes dilemas

O que esse tempo de existência
Oito mil vezes supeior ao humano
Não pode, nem poderia responder de modo geral
São as questões profundas do Algo Mais
E da incerteza de tudo

Viviam a dezessete bilhões de anos luz da via láctea
E estiveram aqui uma vez, mas o Sol não existia
Mas um evento de uma fração de segundo
Elevou a raça inteira em duas dimensões de visão
E a quinta criou infinitas outras, conforme ela se define

Foi a expedição de um Ayaky de nome perdido
Ao centro do Universo, nunca antes visitado
Que levou oitenta anos, metade da vida Ayaky
E toda a perícia científica possível no mundo físico
Tudo pela ínfima possibilidade de resposta

Após uma vida isolado, estudando
Rezando, criando, rindo, vivendo por viver
O referente da nave hiperespacial
Indicou a chegada no destino
Enfim a vida gasta vingaria

Descairou a capa da nave
E desceu ao espaço puro
E oitenta anos imaginando
Não o prepararam o suficiente
Para o que viu

Viu a si
Como num espelho
Mas que dormia
Tocou seus olhos, examinou,
Quase se desapontava, desistia

Então lhe ocorreu o que realmente devia fazer
Imitou a posição que se via fazendo
E cerrou os kwi (olhos) sem confiança
E foi nesse momento que mudou
Foi nesse momento que viu

O que palavras não diriam a um ser humano
Embora, pela natureza experimental destes
Não se privem de tentar dizer
Mesmo conhecendo a inutilidade de tentar
Elas tentam

Viu si em si
E si em Nada
E logo Nada era si
E logo Nada era tudo
E, enfim, tudo era si

Assim, esse Ayaki descobriu
A natureza indefinitiva do espaço
A natureza relativa do tempo
E a natureza manipulável do conceito
Assim, esse Ayaki descobrïi

Mutäa-se num planeta vermelho
E fechäa os olhos com harmonia
E logo não haviam mais Ayaki
Só häa Ayaki
E assim subïi Ayak

Subïi aos mundos superiores
Que sëe os cujos habitantes sabëe
Que tudo sëe fluível
Não pela vontade, mas pelo simples ato de sëe
E conhecëe o Omniverso ao redor do Universo

Realitus, ou Universo, o real
Phantasius, ou imaginação
Inphantasius, o nunca imaginäa
Os três compöo o Plano Existencial
Cercäa pelo Indefinivel, que por sëe citäa estäa errado

E o Algo Mais
Existïi por Existïi
Flutuando em si
Numa resolução inaparadoxável
Do que não se resolve sem tudo e sem Nada

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