Pau do brasil
Quando os portugueses nos descobriram
Viram um monte de paus descobertos
Tantos paus tão visíveis
Grandes paus vermelhos
Quiseram tudo para si
Embora fossem cristãos
Exploraram os índios
Pegaram os paus
Paus que deram à nossa bandeira o verde
E fizeram os índios trocar seus belos paus
Por isqueiros breguetes bagulhos chaveiros
E mais tarde por bagassas
E começou a era das bagassas
Agora os portugueses comiam o fruto doce das bagassas
Para adoçar suas vidas
Ao custo de nossas bagassas
E vieram pelos pretos às bagassas
Tirar o doce fruto delas
Iam e vinham
Suavam e sofriam
Os portugueses abusavam de todos os nossos paus e bagassas
Até que decidiram entrar mais fundo
Entraram em nossas úmidas florestas
Onde ainda tinham muitos índios e paus
E acharam, abaixo da terra, abaixo dos paus
Acharam os bagulhos
E começou a era dos bagulhos
Os bagulhos sempre foram pequenos
Pequenos bagulhos dourados
Pegaram os bagulhos
Bagulhos que deram à nossa bandeira o amarelo
Aí acabaram os bagulhos
Mas no fundo em nossos ovos
Os Portugueses ainda buscavam pelos
Pelos bagulhos dourados
Enfim se convenceram de que não tinha mais
E ficamos num limbo desgostoso
Em ponto de bala
O português cansou e foi embora
Mas veio o burguês brasiguês tomar seu lugar
Quando as cabras começaram a comer breguetes
E ficaram doidonas de breguetes
Aí o breguete veio pra cá
E deixou todo mundo doidão
Drogão breguetão
O brasiguês começou a por e tirar
Enfiar na terra e levar embora
Só que não deixou a terra em paz
E ela arregaçou
Aí a coroa virou um quepe
Mas ninguém nem reparou
Estavam muito ocupados se fudendo
Se fudendo
Porque o drogão perdeu valor
Porque os usuários começaram a se comer
Mas é claro que tinha muito ovo
Pra brasigues procurar pelo
Botamos toda nossa bufunfa no drogão
E ela ficou doidona e sumiu mata adentro
Onde, pasme, ainda tinha pau!
Aí começaram os estrupos
Estruparam o cabra estorvaram eleitor
E ganharam
Aí as várzeas gastas
Mandaram todo mundo parar de estrupar
Que o país tava passivo
Deixaram maquina ativa
Porque a gente só dava pros europeus
Não ganhava nada
Aí veio um Juju Cubão
Depois um Jaja quadradão
Ai um Jojo gulão
E aquele quepe fedido voltou
E a gente voltou a dar
Sem ter vez depois
Só que a gente já tinha pau pra comer
E o pau comeu
Dái pra cá, só sarna hei de dizer que sobrou
Sarna e pau
Pau? Pau!
Desde que o português chegou
Pau é o que não faltou
Sempre teve bagassa meio sem pelo preto, meio com
E muito pau
Mas com tudo isso de pau
Ou a gente é precoce e acaba com tudo
Ou não rola
ê povo de extremos!
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