quinta-feira, 7 de junho de 2012

Até Eros é divino, e o divino é natural.

Eros

Naturalíssimo amor de jardim
O teixo, em poligâmico amor justo
Toca as zonas erógenas do arbusto
No vai e vem vivo do vento sem fim

A lascivissima orgia dos bambus
Rolam na nua grama as nuas flores
Sem pudor dando as excitadas cores
À vista voyeuristica da luz

E vendo o natural, delicioso,
Enxertando o sexual e o amoroso
Perdido em inexorável beleza

Está, num escuro canto agachado
O homem, tímido quieto e apudorado
Se masturbando para a natureza!

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