quinta-feira, 10 de maio de 2012

O caderno preto [46-47]

Reenvolução

Abro a boca e calo a mão
Frente a um mundo de vileza
Rosno ao meu espelho
Ponho as dúvidas no chão
Questão faço de certeza

Me balanço na fronteira
Entre Che Guevara e Ghandi
Em luto vermelho
Dor do mundo na algibeira
Ando o que o mundo desande


Eu ponho de lado o choro
E encarno a diligência
Dispenso até a fé
Com a renúncia sem decoro
Com a tradição sem clemência

Até que se inverta a pista
Que se turbilhone o fado
lutarei até
Que o último violinista
Caia do último telhado

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