sábado, 16 de abril de 2011

Poesia de fundo de baú [1-2]

De fundo de baú porque juro que não lembrava de tê-la feito. Estava procurando um outro poema quando achei esse título não famíliar. Fico muito feliz quando meu próprio poema me inspira poesia. Se a ninguém mais, agrado a mim mesmo com o ato de escrever.




Taiga

Minha alma é a Taiga
Previsível
Xenófoba
Só lhe acompanha vivo
O mais bruto animal
A mais forte herbácea
E a aurora boreal

Minha alma é a Taiga
Quieta
Fria
Não cresce, corrompe
Seca, espinhosa
Sequer alimenta
De tão vaidosa

Minha alma é a Taiga
Imponente
Importante
Engolida pelo mundo
Por sua fartura
A civilização
Rouba-lhe a estrutura

Minha alma é a Taiga
Perfumada
Compreendida
Por brutos madeireiros
Que a veem com amor
Que sabem que o calo
É o mestre da dor

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