Tântalo do amor
Sou eterno amante
Sou, eternamente
Amo o que está adiante
Só por estar em frente
Em um calabouço
Deus Amor me traz
A razão não ouço
Sou fera voraz
O amor que me come
A amada vê inteiro
A assusta minha fome
Me deixa solteiro
O amor me fez Tântalo
Vejo o desejado
Mas minha mão espânta-lo
E eterno é tal fado
Sisificamente
Me iludo, porém
E amo na mente
O que a alma não tem
Mesmo ela vazia
Eu nunca percebo
Que o que me sacia
É mero placebo
Covarde minhoca
Assim, cego sigo
Até que minha toca
Se torne jazigo
cara***. merecia mas não falo o palavrão.
ResponderExcluirfantástico seu ritmo poético, físico e mítico. a mitologia grega é tão lírica quanto a imoralidade dos seus deuses - e tão metaforicamente possível quanto seus castigados Tântalo e Sísifo.