segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Poemas feitos num carro escaldante numa madrugada de Jazz (2-2)

Esferismo

No mais curado silício há carvão
No mais estéril corpo há levedura
No mais saboroso mel há amargura
No mais real relato há invenção

Não há profissional sem ignorância
Não há altruísta sem egocentrismo
Não há ateu sem algo de teísmo
Não há simpático sem arrogância

“Nada é perfeito, faça o que fizer”
É o que esse lírico-eu então me diz?
Pois dou-lhe algo perfeito, se assim quer

Desafio ser humano qualquer
A achar, nem que seja por um triz
Parte chata no corpo da mulher

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