É o tipo de górgona cruel o suficiente para desorientar o sonhador, e fazer com que ele busque na realidade o sonho, se frustre, e retroceda à sua petrificação dentro de si como eterno sonhador.
É claro que eu estou dramatizando um pouco a coisa, mas é meu estilo. Este poema Nosphoros tem uns cinco minutos de idade, ainda dá para sentir o cheiro de lírica fresca, e é baseado em angústias reais que aconteceram há sete, oito horas atrás.
Górgona
O olho treme
Mudo
Cala a euforia
Cala tudo
Troveja luz
Absorve
O olho transfixo
A sorve
Infinitos sonhos
Eclodem
Da luz, e os olhos
Implodem
Do universo
Se solta
Uniões desmancha
Não volta
Vício total
Em sonho
Real se torna
Enfadonho
Egovital
Petrifica
Só a sonhar
Então fica
Morto ao mundo
Pedra fria
Mente cheia,
Alma vazia.
A vida do sonhador não é um sonho de vida, tem suas desvantagens, mas a experiência ainda me diz que se bem organizada, da qualidade e razão ao viver.
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