Falam os fungos
A escuridão nos assegura
Vós quereis se unir ao longe?
Vós que, reis ao longe, querem luz?
Seu medo, jovens príncipes, é reminiscente
E a memória, maldição da nobreza, é filha da luz
Mas por ele, querem a posse da paisagem
Posagem?
Tatuar nos olhos o espelho do que É?
Estribucheiros, por quê?
Ah, mas falam grandes palavras contra a ignorância
Que temos, frágeis brotos de um sub-mundo
Ignorância? Não é senão ignorar
Um passo além de saber e não saber
Acham que a luz é a Verdade?
E se for, para quê a Verdade?
A escuridão nos assegura
Ah, mas falam grandes palavras contra a ignorância
Que temos, frágeis brotos de um sub-mundo
Ignorância? Não é senão ignorar
Um passo além de saber e não saber
Acham que a luz é a Verdade?
E se for, para quê a Verdade?
A escuridão nos assegura
A Verdade é um veneno compulsório
Do homem mais amado é a seta de visco
Num tiro de cego, mortal e irrisório
Não absolvo as plantas, não corro o risco
A escuridão nos assegura
Todos nós temos a Vida
Que é outra coisa que não Nós
E toda Vida é um fungo
Ou um gato, por melhor dizer
Nada significa um afago de amor
Queremos distância do calor
Mas precisamos ser alimentados
Joga à sua Vida felina
De longe, com cuidado
Nacos de "por quê" assado
Mas não vem com carícias
Sofistas, impropícias
Que a Vida tem pouco tempo
Muito menos do que nós
A perder pensando em luz
Somos pontos
Sem presença passada, presente ou futura
A luz nos conta contos
A escuridão nos assegura
Você está perdido?
De alguma cátedra moral
Do homem mais amado é a seta de visco
Num tiro de cego, mortal e irrisório
Não absolvo as plantas, não corro o risco
A escuridão nos assegura
Todos nós temos a Vida
Que é outra coisa que não Nós
E toda Vida é um fungo
Ou um gato, por melhor dizer
Nada significa um afago de amor
Queremos distância do calor
Mas precisamos ser alimentados
Joga à sua Vida felina
De longe, com cuidado
Nacos de "por quê" assado
Mas não vem com carícias
Sofistas, impropícias
Que a Vida tem pouco tempo
Muito menos do que nós
A perder pensando em luz
Somos pontos
Sem presença passada, presente ou futura
A luz nos conta contos
A escuridão nos assegura
Falam as ovelhas
E o que "É-para-fazer"?Falam as algemas
Bom dia, meu queridoVocê está perdido?
De alguma cátedra moral
É caído?
Veio nos dizer o quanto está errado
Não tomou cuidado?
Ou o certo talvez seja crime
Bem policiado?
Bem vindo, amor, ao sujo
Ao podre enferrujo
De mim você pode fugir
Mas como de você eu fujo?
Seja o que for que te fez
Ou te foi fazido talvez
Daqui só sai
Manchado de vez
Porque está a sacudir?
Quer partir?
O que é meramente conter
E o que é reprimir?
Não tomou cuidado?
Ou o certo talvez seja crime
Bem policiado?
Bem vindo, amor, ao sujo
Ao podre enferrujo
De mim você pode fugir
Mas como de você eu fujo?
Seja o que for que te fez
Ou te foi fazido talvez
Daqui só sai
Manchado de vez
Porque está a sacudir?
Quer partir?
O que é meramente conter
E o que é reprimir?
Bem vindo, seu podre, ao mal lavado
Mal lavrado...
Não tema, não sou o fazido
Sou só o fado
Ah, mas seja paciente
Não range o dente
Eu tenho mais de amigo
Do que de gente
Eu tenho o tempo em meu ouvido
Em eras medido
Que passa a Balder
E ao bandido
Eu tenho o espaço na minha boca
Que me chamem de louca
O que é "o resto do mundo"
Senão outra cela oca?
Mal lavrado...
Não tema, não sou o fazido
Sou só o fado
Ah, mas seja paciente
Não range o dente
Eu tenho mais de amigo
Do que de gente
Eu tenho o tempo em meu ouvido
Em eras medido
Que passa a Balder
E ao bandido
Eu tenho o espaço na minha boca
Que me chamem de louca
O que é "o resto do mundo"
Senão outra cela oca?
Fala o pêndulo
E se
E se E se E se E se E se E se
E se E se E se
E se
E se
E se E se
E se
E se E se E se E se E se
E se E se
E se
E se E se E se
E se
E se
E se E se E se E se E se E se E se E se E se
E se E se
E se E se E se E se E se
E se
E se E se E se E se
E se E se E se E se E se E se
E se E se
E se
E se E se E se
E se E se E se E se E se E se E se
E se E se
E se
E se...
E se E se E se E se E se
E se
E se E se E se E se
E se E se E se E se E se E se
E se E se
E se
E se E se E se
E se E se E se E se E se E se E se
E se E se
E se
E se...
Fala o cabide
Meu amor foi embora
Quando ele volta?
Podia ser agora
Como ele se solta?
Que se elucide
Não sou o abutre
Sou só o cabide
De amor não se nutre
Ah, não me pergunte. Por quê todo mundo vem achando que eu sei?
Não sou o abutre
Sou só o cabide
De amor não se nutre
Fala Deus
Ah, não me pergunte. Por quê todo mundo vem achando que eu sei?
Fala o feiticeiro
Perdão é uma coisa engraçada.
Perdão, Deus, não estou falando com você
Falo do perdão de uma bolha
Quando o ar, repulso à água
Não lhe guarda mágoa
E carrega dela uma lágrima próximo ao aéreo coração
Quando o ar, repulso à água
Não lhe guarda mágoa
E carrega dela uma lágrima próximo ao aéreo coração
Coisa engraçada, esse perdão
Ama os teus inimigos, meu mestre dizia
Quando no Feitiço me instruía
Perdoar é ser sabiamente estúpido
Vestir o estandarte de um império de insignificâncias
Coroar o bobo
Fundir anéis de ouro
E fazer urinóis
Perdoar é a coisa mais sábia que um estúpido pode fazer
Perdoar é a coisa mais científica que um feiticeiro pode recomendar
Pode perdoar
Ama os teus inimigos, meu mestre dizia
Quando no Feitiço me instruía
Perdoar é ser sabiamente estúpido
Vestir o estandarte de um império de insignificâncias
Coroar o bobo
Fundir anéis de ouro
E fazer urinóis
Perdoar é a coisa mais sábia que um estúpido pode fazer
Perdoar é a coisa mais científica que um feiticeiro pode recomendar
Pode perdoar
Fala uma meretriz
"É melhor dar do que receber"
"Faça aos outros o que gostaria que fizessem com você"
"O bem feito volta em dobro"
"Faça-o bem sem olhar a quem"
"Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses. Dá a qualquer que te pedir; e ao que tira o que é teu, não lho reclames"
Fala um dedo
... [dobra-se lentamente]
Fala o infinitésimo
Sou apenas um salto
Que ousou ser
Entre eu e quase-mais-que-eu
Entre eu e quase-mais-que-eu
Sou nada para os contadores
Sou tudo para os ourives
Sou tudo para os ourives
A hipérbole convergente da pequenez
Um infinito ao inverso
Num desunido universo
Sou como um conceito
Como um significado
Não tenho tamanho
Como um significado
Não tenho tamanho
Sou só um passo passado
Mas posso ter tamanho
Mas posso ter tamanho
Se for somado
A infinitos 'eus'
A que estou ligado
Sou sub-edificado
Ado ado ado ado ado ado ado ado ado ado ado
d(ado)
A infinitos 'eus'
A que estou ligado
Sou sub-edificado
Ado ado ado ado ado ado ado ado ado ado ado
d(ado)
...dado dado dado dado dado dado dado...
Ado
Ado
Sou infinitamente nulo
E ainda assim, maior do que tudo
Porque eu não tenho significado
Eu sou significado
Eu sou significado
Falam as Manias
Ufl
Nnambihrak
Monlzuppfa
Nmaeqidii
Aevl
Aevl
Szviztkew
Aywiiteaudy
Errar Errar Errar Errar Errar
Orinppup
Nislyqqiq
Swazklt
Irj
Ir
R
Sou um pedaço qualquer de terra mal moída
De uma nefastidão pouco justificada
De ter uma mulher que, um dia aqui caída
Não está mais neste chão, mas dir-se-á sepultada
Como o nome se prende à coisa que nomeia!
O medo dessa sorte é o que minha terra suja
O que de mim se entende é que eu mesma matei-a!
Se a assassinou o amigo ou se morreu criança
O medo dessa morte a isso sobrepuja
Eu não sou um jazigo; eu sou só uma lembrança
Estou cansado de vocês
Não que não estivesse antes
Não esperam, ao invés
Abocanham seus amantes
Que nojo! Sinceramente
Comer carne crua
Comer sua amante
Como se fosse sua
Cansei de Filhos da Fome futucando em minha forma se como se come
Não quero meu nome em um bolo
Ou em uma conta de bar
Nem quero jardins de sims
Sins
Não quero um oceano em meu colo
Des-jejum! Bah!
Como se comesse
Não quero as vidas anti-extremas
Antes as algemas!
Eu não estou em um lugar
Nem em todo lugar
Nem em lugar nenhum
Sou o abutre e não estou em desjejum
(
)
Não garanto uma gota de arte
Ou mesmo a água de um cacto
Mas garanto deixar-te
No inverso de intacto
Há algo mais belo do que fundir-se a alguém?
Sou o prenúncio da morte, só uma lembrança também
Mas a morte comigo vive em carne
E acaba em guardanapos
O que há de túmulo em um abutre?
Que do morto, não da morte, se nutre
Temem isso! Temem a escuridão
A íntegra imensidão
Mas,...
Quem é a morte enfim?
A fuga, o fazido, a luz escura, o feitiço enfim?
Onde está?
Para onde vai?
Para onde
Para
...
R
Falam dois espelhos convergindo a um
Fala o túmulo
Sou um pedaço qualquer de terra mal moída
De uma nefastidão pouco justificada
De ter uma mulher que, um dia aqui caída
Não está mais neste chão, mas dir-se-á sepultada
Já foi-se sua poeira óssea em tempos remotos
Já volatilizou o seu necrochorume
Mas ainda em minha beira a pedra, em ditos rotos
Me diz o que não sou, funesta me assume
Como o nome se prende à coisa que nomeia!
O medo dessa sorte é o que minha terra suja
O que de mim se entende é que eu mesma matei-a!
Se a assassinou o amigo ou se morreu criança
O medo dessa morte a isso sobrepuja
Eu não sou um jazigo; eu sou só uma lembrança
Fala o abutre
Estou cansado de vocês
Não que não estivesse antes
Não esperam, ao invés
Abocanham seus amantes
Que nojo! Sinceramente
Comer carne crua
Comer sua amante
Como se fosse sua
Cansei de Filhos da Fome futucando em minha forma se como se come
Não quero meu nome em um bolo
Ou em uma conta de bar
Nem quero jardins de sims
Sins
Não quero um oceano em meu colo
Des-jejum! Bah!
Como se comesse
Não quero as vidas anti-extremas
Antes as algemas!
Eu não estou em um lugar
Nem em todo lugar
Nem em lugar nenhum
Sou o abutre e não estou em desjejum
(
Bem vindo, amor, ao sujo
Ao podre enferrujo
De mim você pode fugir
Mas como de você eu fujo?
Ao podre enferrujo
De mim você pode fugir
Mas como de você eu fujo?
Bem vindo, seu podre, ao mal lavado
Mal lavrado...
Não tema, não sou o fazido
Sou só o fado
Mal lavrado...
Não tema, não sou o fazido
Sou só o fado
)
Não garanto uma gota de arte
Ou mesmo a água de um cacto
Mas garanto deixar-te
No inverso de intacto
Há algo mais belo do que fundir-se a alguém?
Sou o prenúncio da morte, só uma lembrança também
Mas a morte comigo vive em carne
E acaba em guardanapos
O que há de túmulo em um abutre?
Que do morto, não da morte, se nutre
Temem isso! Temem a escuridão
A íntegra imensidão
Mas,...
Quem é a morte enfim?
A fuga, o fazido, a luz escura, o feitiço enfim?
Onde está?
Para onde vai?
Para onde
Para
...