sábado, 25 de fevereiro de 2012

Por que não? Por que, não?

Segundo a física moderna a existência é uma aproximação estatística
Por que o amor não seria?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Objetiva? Subjetiva? Bah!

"

-Orbitais são... bem... aproximações subjetivas de funções de onda, que são... bem... modelos matemáticos relativos coincidentes com as antigas representações dos elétrons. E elétrons... bem... são postulados, ou seja, assumidos como verdadeiros para permitir a interpretação do mundo.

-No meio do caminho, tinha uma pedra...

"

-Mas me desculpe, eu te interrompi. Você estava falando sobre a ciência ser objetiva e a arte subjetiva.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Uma santíssima trindade de ideologias: coincidente em uma como toda Santissima trindade

Três perfeições

A voz de um acre vazio de deserto
Chão, céu e ar, sussurrando em enlaço
Três bons irmãos sem nada mais por perto
Alem de mim, ponto vazio no espaço

Minha presença, quase voyeurística
Não faz mudar nada a conversação
A expressão de sensação artística
Que tinham o ar, o céu e o chão

Qual dois amores e um amor comum
Nus e deitados na cósmica cama
Falam olhares, sem ruído algum
Cada qual sobre como a vida ama

Abro minha boca, mas a cubro logo
Falo, sereno, o silêncio idioma
Por um abraço entre eles eu rogo
E logo meu corpo aos deles se soma

Primeiro a terra me faz suas carícias
Bruta e escura, corajosa e forte
Faz na humildade das dores delícias
Ri otimista da sua certa morte

Depois eu beijo os olhares do ar
Fita a existência qual tela vazia
Deixa a divina inspiração cantar
Criatividade em sua teogonia

Por fim então o Empíreo me enlaça
Ao transcender da onipatia dá pé
Onde qualquer caminho que se traça
É o todo nada do universo: é

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Uma ponta, um lado, um fim só.

Linha de uma ponta só

Eu estou vivo como um fungo
Como um fungo, e morro
E morro que não escalo é a vida
É ávida, mas repetitiva. Fazer o quê?

Fazer o que quiser é a premissa primeira
Pré missa primeira já nascemos assim: debulhando-se
Debulhando-se cada grão então tem-se o fim
Tenso fim de quem, dos seus, não comeu um grão

Um grão destino de grã vida, tanto quanto navega
Na vega da Lira fica presa a invejar
Presa a invejar Sírius predador
Preda a dor do Brilho Destino

Brilho deste nó no fim deste caminho
Deste, caminho até onde se não vira cinza
Se não vir a cinza, em falso mastigastes
Mas te gastes, vendo-a ou não, se desfaça

Sedes faça, não no vácuo do sentido
Doce em tido, morto de infinito
Em finito campo de grão a vida semeie
Se meie gentilmente, e solte o infindo mundo

Enfim do mundo serás parte de direito
Dê direito às suas pontas de ter fim
Deter fim é querer por infindo grão
Em fim do grão.








quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os olhos psicodélicos e violentos do mundo

Androcalipse

Engenheiram-se as cromáticas cruzadas digitais
Pelo balanço financeiro de cogumelos nucleares alucinógenos
O apartheid bélico de uma negra estrela de nêutrons
E os grandes colisores de suicídas, prostututas e andrógenos

Caveiras em aço-carbono rindo da aglutinante levisão
Feras sulfúricas ébrias de fúria e fuligem
Dentes de platina carregados por smartphones subnutridos
E na inversão do óbvio cosmos, ciência e vertigem

Cruzes e erlenmeyers rolando a montanha de sísifo
Migs-35 transgênicos vomitando números tragicômicos
Aproximando estatisticamente a engrenagem e a roda
E os nomes de opulentos autômatos sindrômicos

Refeições siderúrgicas, narcóticos siderais
Na rede lan de lanchonetes carcerárias 
Canos de alvenaria comunizando radiação gama
Fontes da juventude transbordando águas duras calcárias

Compiladores internacionais sucateados em bolsas de valores
Odores de bancarrota em podres abdômens lipídicos
Internets de estresse envelopadas em polietileno nazista
Barris de dinheiro em impasses imponderáveis jurídicos

Legiões industriais vestindo grifes técnicas
Vidro temperado tentando quantizar o estupro Cibernético
Mendigos agrários rodoviando guerras santas
Carniças de álcool oxidando as engrenagens de um techno ético

Britadeiras darwinisticas gigamodernas, pan-modernas
Dadaísmos tóxicos, globalização magmática, livros de sucata
Bonecas infláveis obesas de chorume e câncer
Restos mortais de uma evolução serotoninocrata