domingo, 16 de outubro de 2011

A Anaïs


    Não vou suprimir, desta vez, o nome da amada. Não quero mais esconder isso. Não acho que ela vai ler isto, mas se ler, não vou ficar com medinho da verdade. Eu amo Anaïs fernandes. Que seja eterno enquanto dure!


Órbita

Sem pressão
Num frescor condicionado
Leve, imponderável

Eu orbito um olho

O olho de Anaïs
E eu sou uma boca
Com pressa para se derramar
Atirando minha vida
Na esperança de que minha força
A leve até o olho
E mais do que vista, seja sentida

Não pensei em amor ou amizade
Não em distinguí-los
Apenas em ser mais do que eu
Ser Anaïs
Bater com seu peito
Viajar em suas sinapses
E me deixar levar
Leve, imponderável
Com seu sangue vivo

Não seja ingratidão
Pelo quanto me olhou, amada
Pelo quanto ouviu
Pelo que não ficou calada

Mas meu coração
Queria ser o seu

Anaïs
Deusa do amor
Você não me tem
Mas eu sou tido por você
Por maior que seja a distância
Eu orbito você
Lenta e prazerosamente

E, se um dia você chorar
Só espero estar
Perto o suficiente

Um comentário:

  1. achei mto bonito e mto profundo, ainda mais a parte do: Você não me tem
    Mas eu sou tido por você.
    Vou usar e citar seu blog, tá?! Esses engenheiros escritores me dão o maior orgulho viu?!

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