domingo, 21 de agosto de 2011

O caderno preto [35-38]

Tântalo da angústia

Querer, e não querer querer o que se quer
Entorto minhas tripas sobre o coração
Escondo a todo custo de você, mulher
O controverso amor, impensável e vão

Que antes eu amasse um pássaro doente
Uma figura histórica, um caso perdido
Mas não algo que todo dia jaz à minha frente
Que eu não posso ter, tântalo enlouquecido

Enquanto estas sofridas linhas são sangradas
A meio passo apenas de mim você está
Tudo o que sonho está ao raio de minhas patadas

Mas se por um segundo apenas me perder
E um passo de formiga me aproximar
Dez metros o seu corpo vai retroceder

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