terça-feira, 10 de julho de 2012

Postagem pós confissão. De novo.


Em todo

Amor, que não hesita em mim, amor!
Como te faço inteiro, dor por dor?

Na dança fibonáccica do objeto
Que alvoreceu dinâmica em teu feto

No amor de uma lasca de filme antigo
Na boca o gosto de um passado amigo

No espelhar crônico da chama ardente
Sem combustível e sem comburente

No mar inefluível dos cabelos
Sem dique que, largo, possa detê-los.

Na altura de uma gota de algodão
Dançando leve, dente-de-leão


Amor, que se-absorve-me, amor!
Quem dera derreter em sonho e cor!

Comer, abocanhando de lambida
Toda a carne amorosa de uma vida

Entregar esta jóia à antiga arcádia
O bucolismo urbano em nome Nádia

A erudição de pensar ver cair
Aos pés da tua erudição de sentir

Na vulcã rocha fincar esta seta
Que a defletiria sua alma asceta

Me efervescer no atol de seu sorriso
Morrer azul no mar de um rol de riso

Amor, que faz do aio rei, amor!
Fui eu que lhe criei, sou seu senhor!

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