sábado, 13 de novembro de 2010

Objetivos

     Eu ando meio sem inspiração. Com os estudos de Mecânica e Cálculo Numérico, nas quais estou pendurado, as constantes requisições da minha namorada, apresentações de teatro no fim de semana, dar carona a várias pessoas da família, sobra pouco tempo para relaxar e fazer uma das coisas que eu mais gosto na vida: sonhar.
     Mas isso faz parte. Eu de longe acho arte mais divertida do que engenharia, mas até aí, se medíssemos nossas vidas exclusivamente pela diversão, ninguém trabalharia. O prazer é apenas um dos fatores que me leva a decidir meu foco. Eu acredito no poder transformador da arte, mas não acho que eu o exerceria tão bem quanto o poder transformador da engenharia. Isso porque quero também mudar a imagem que o mundo tem do engenheiro: aquele homem frio e calculista que faz tudo visando o dinheiro. Não nego que eu quero ganhar muito dinheiro, mas é sem dúvida para poder doá-lo ou investí-lo em causas com as quais me identifico.
    Eu sou utilitário. Para mim, pagar um homem para distribuir ecobags surte o mesmo efeito de distribuí-las você mesmo. Aliás até melhor, pois você emprega uma pessoa e ela própria ganha muita consciência ambiental. Pretendo ser muito, muito bem sucedido, para poder doar muito dinheiro para causas sociais de emergência, auxilio a epidemias e surtos de desnutrição; causas ambientais como tratamento de água, preservação da biodiversidade, reflorestamento, prevenção ao desmatamento, regeneração de solos, entre inúmeros outros; e investir em tudo o que seja ambintalmente correto: carros elétricos, energia limpa, educação de qualidade, saúde no âmbito internacional, e é claro, investir esforços artísticos na humanização da humanidade, como um hobby, mas mais do que isso.
     Foi essa missão, que eu chamo de "The Duty" no meu dicionário individual, que me inspirou a escrever sobre a consciência de um homem do lugar ao qual pertence, e da escolha pela humildade em favor desse lugar.

O valor da pedra

O silvo da picareta
E a preta pedra estilhaça
A massa cede, respira
Estira a caverna, espaça

Suor no torso desnudo
Mudo a fitar chama fria
Vazia a mente tão bruta
Labuta, espaço cria

A ferramenta que cava
Trava na mão ofegante
Perante homem tão voraz
Jaz milionário diamante

Com uma expressão de gosto
No rosto, o colhe do chão
Então desata a sonhar
Com mar de camas e pão

Num movimento robótico
Neurótico, irracional
Tal jóia, em ato sem volta
Solta sobre um aguarral

ao vê-la ir, ele entende
Se a vende não vai voltar
ao lugar que é de seu fado
abandonado a cavar.


    Aos que lêem meu blog, sejam muitos, poucos ou nenhum, quero agradecer pelo interesse e pedir que, se possível e desejado, se identifiquem, comentando ou postando no meu facebook:


De qualquer maneira, obrigado mesmo pelo interesse.


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