Pena vermelha
No leito fúreo de coberta humana
Pousava marte, o pai do Terror
No leito fúreo de coberta humana
Pousava marte, o pai do Terror
Da carne olímpia o fervor que emana
Concorda o olho cego à chaga e à dor
Pensava amores fundados em gana
Furos venéreos em férrica cor
Concorda o olho cego à chaga e à dor
Pensava amores fundados em gana
Furos venéreos em férrica cor
No deus cuja bela esposa profana
Da viril arma da guerra o autor
Só na labuta de uma forja escura
Sob a luz vermelha do ígneo forno
Pensando a dor do adultério, tortura
Marte perdeu a cor da face dura
Para a dureza do coxo, do corno
Marte chorou uma lágrima de cura
Da viril arma da guerra o autor
Só na labuta de uma forja escura
Sob a luz vermelha do ígneo forno
Pensando a dor do adultério, tortura
Marte perdeu a cor da face dura
Para a dureza do coxo, do corno
Marte chorou uma lágrima de cura